Filosofando...
Vivendo e aprendendo...
Viagem Espetacular pela Leitura e Escrita
Este blog faz parte de um programa de formação à distância de educadores da Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, que tem como objetivo, assim como este espaço, de: divulgar, incentivar, colaborar com todos os interessados neste universo "espetacular" que é a Língua Portuguesa e duas de suas principais vertentes - a leitura e a escrita.
quarta-feira, 19 de junho de 2013
domingo, 16 de junho de 2013
Frases de incentivo à leitura
Dupla delícia/ O livro traz a vantagem de a gente poder estar só e ao mesmo tempo acompanhado.
Mario Quintana
Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever - inclusive a sua própria história.
Bill Gates
Bill Gates
A leitura é uma fonte inesgotável de prazer mas por incrível que pareça, a quase totalidade, não sente esta sede.
Carlos Drummond de Andrade
Quem mal lê, mal ouve, mal fala, mal vê.
Monteiro Lobato
O saber a gente aprende com os mestres e os livros. A sabedoria, se aprende é com a vida e com os humildes.
Cora Coralinasábado, 15 de junho de 2013
Olá! Nós professores cursistas do Melhor Gestão Melhor
Ensino, montamos no encontro presencial ocorrido no mês de maio na cidade de Guaratinguetá/SP,
Situações de Aprendizagem para os textos: “Avestruz” de Mario Prata, “Pausa” de
Moacyr Scliar e “Meu Primeiro Beijo” de Antônio Barreto. Estamos
disponibilizando-as aqui. Espero que sirva de apoio a muitos colegas.
Avestruz
Mario Prata
|
O filho de uma grande amiga pediu, de presente pelos seus 10 anos, um
avestruz. Cismou, fazer o quê? Moram em um apartamento em Higienópolis, São
Paulo. E ela me mandou um e-mail dizendo que a culpa era minha.Sim, porque foi
aqui ao lado de casa, em Floripa, que o menino conheceu os avestruzes. Tem uma
plantação, digo, criação deles. Aquilo impressionou o garoto.
Culpado, fui até o local saber se eles vendiam filhotes de avestruz. E
se entregavam em domicílio.
E fiquei a observar a ave. Se é que podemos chamar aquilo de ave. O
avestruz foi um erro da natureza, minha amiga. Na hora de criar o avestruz,
Deus devia estar muito cansado e cometeu alguns erros. Deve ter criado primeiro
o corpo, que se assemelha, em tamanho, a um boi. Sabe quanto pesa um avestruz?
Entre 100 e 160 quilos, fui logo avisando a minha amiga. E a altura pode chegar
a quase 3 metros - 2,70 para ser mais exato.
Mas eu estava falando da sua criação por Deus. Colocou um pescoço que
não tem absolutamente nada a ver com o corpo. Não devia mais ter estoque de
asas no paraíso, então colocou asas atrofiadas. Talvez até sabiamente para
evitar que saíssem voando em bandos por aí, assustando as demais aves normais.
Outra coisa que faltou foram dedos para os pés. Colocou apenas dois
dedos em cada pé. Sacanagem, Senhor!
Depois olhou para sua obra e não sabia se era uma ave ou um camelo.
Tanto é que, logo depois, Adão, dando os nomes a tudo o que via pela frente,
olhou para aquele ser meio abominável e disse: Struthio camelus australis. Que
é o nome oficial da coisa. Acho que o struthio deve ser aquele pescoço fino em
forma de salsicha.
Pois um animal daquele tamanho deveria botar ovos proporcionais ao seu
corpo. Outro erro. É grande, mas nem tanto. E me explicava o criador que os
avestruzes vivem até os 70 anos e se reproduzem plenamente até os 40, entrando
depois na menopausa. Não têm, portanto, TPM. Uma fêmea de avestruz com TPM é
perigosíssima!
Podem gerar de dez a 30 crias por ano, expliquei ao garoto, filho da
minha amiga. Pois ele ficou mais animado ainda, imaginando aquele bando de
avestruzes correndo pela sala do apartamento.
Ele insiste, quer que eu leve um avestruz para ele de avião, no domingo.
Não sabia mais o que fazer.
Foi quando descobri que eles comem o que encontram pela frente,
inclusive pedaços de ferro e madeiras. Joguinhos eletrônicos, por exemplo.
Máquina digital de fotografia, times inteiros de futebol de botão e,
principalmente, chuteiras. E, se descuidar, um mouse de vez em quando cai bem.
Parece que convenci o garoto. Me telefonou e disse que troca o avestruz
por cinco gaivotas e um urubu.
Pedi para a minha amiga levar o garoto a um psicólogo. Afinal, tenho
mais o que fazer do que ser gigolô de avestruz.
Público –
alvo: 5ª série/ 6º ano
Objetivos da
leitura:
· Leitura para diversão;
· Reconhecer o gênero (crônica);
· Leitura para o conhecimento
Recurso:
Sala de
Multimídia.
Duração da
atividade:
04 aulas
Atividades de Leitura:
Antes:
1) O que vocês sugerem de um texto
intitulado “Avestruz”?
2) Vocês já viram (conhecem) uma
avestruz?
3) Quais são as características de uma avestruz?
(neste momento apresenta- se um pequeno vídeo do “You tube”, sobre criação, a
vida das avestruzes).
Durante a
Leitura:
- Leitura silenciosa
- Leitura interrompida (a cada trecho lido, fazer intervenções para verificação da compreensão e vocabulário do texto).
Depois da
Leitura:
(Reconstrução
semântica do texto)
- Onde o menino mora? E o amigo da mãe dele?
- Você acha normal ter uma avestruz como animal de estimação? Na sua opinião, por que o menino tinha tanto interesse por animais “exóticos”?
- Qual é o foco narrativo em que a história foi contada?
- Qual é a sequência dos acontecimentos principais da história?
- Após a leitura, discuta com seus colegas se esse texto pode ou não ser classificado como crônica narrativa. Dê pelo menos duas explicações que justifiquem a análise feita. Anote-as em seu caderno.
Observação:
Se houver questionamentos sobre “o que é TPM?”, abordar o assunto com sutileza,
respondendo apenas o necessário para satisfazer a curiosidade dos alunos (correspondente
à idade), sem aprofundamentos.
Ex.: (é uma
síndrome que atinge somente as mulheres, deixando-as irritadas, ansiosas,
agitadas ou desanimadas, etc.)
Por: Leila Venâncio e Regina Barbosa
Por: Leila Venâncio e Regina Barbosa
Pausa
Moacyr Scliar
Às sete horas o despertador tocou. Samuel saltou da cama, correu para o banheiro, fez a barba e lavou-se. Vestiu-se rapidamente e sem ruído. Estava na cozinha, preparando sanduíches, quando a mulher apareceu, bocejando:
- Vais sair de novo, Samuel?
Fez que sim com a cabeça. Embora jovem, tinha
a fronte calva; mas as sobrancelhas eram espessas, a barba, embora recém-feita,
deixava ainda no rosto uma sombra azulada. O conjunto era uma máscara escura.
- Todos os domingos tu sais cedo - observou a
mulher com azedume na voz.
- Temos muito trabalho no escritório - disse
o marido, secamente.
Ela olhou os sanduíches:
- Por que não vens almoçar?
- Já te disse; muito trabalho. Não há tempo.
Levo um lanche.
A mulher coçava a axila esquerda. Antes que voltasse à carga. Samuel pegou o
chapéu:
-
Volto de noite.
As ruas ainda estavam úmidas de cerração.
Samuel tirou o carro da garagem. Guiava vagarosamente; ao longo do cais,
olhando os guindastes, as barcaças atracadas.
Estacionou o carro numa travessa quieta. Como
pacote de sanduíches debaixo do braço, caminhou apressadamente duas quadras.
Deteve-se ao chegar a um hotel pequeno e sujo. Olhou para os lados e entrou
furtivamente. Bateu com as chaves do carro no balcão, acordando um homenzinho
que dormia sentado numa poltrona rasgada. Era o gerente. Esfregando os olhos,
pôs-se de pé:
- Ah! seu Isidoro! Chegou mais cedo hoje.
Friozinho bom este, não é? A gente...
- Estou com pressa, seu Raul - atalhou
Samuel.
- Está bem, não vou atrapalhar. O de sempre.
- Estendeu a chave.
Samuel subiu quatro lanços de uma escada
vacilante. Ao chegar ao último andar, duas mulheres gordas, de chambre
floreado, olharam-no com curiosidade:
- Aqui, meu bem! - uma gritou, e riu; um
cacarejo curto.
Ofegante, Samuel entrou no quarto e fechou a
porta à chave. Era um aposento pequeno: uma cama de casal, um guarda-roupa de
pinho; a um canto, uma bacia cheia d'água, sobre um tripé. Samuel correu as
cortinas esfarrapadas, tirou do bolso um despertador de viagem, deu corda e
colocou-o na mesinha de cabeceira.
Puxou a colcha e examinou os lençóis com o
cenho franzido; com um suspiro, tirou o casaco e os sapatos, afrouxou a gravata.
Sentado na cama, comeu vorazmente quatro sanduíches. Limpou os dedos no papel de embrulho,
deitou-se e fechou os olhos.
Dormir.
Em pouco, dormia. Lá embaixo, a cidade
começava a mover-se: os automóveis buzinando, os jornaleiros gritando, os sons
longínquos.
Um raio de sol filtrou-se pela cortina,
estampou um círculo luminoso no chão carcomido.
Samuel dormia; sonhava. Nu, corria por uma
planície imensa. Perseguido por um índio montado a cavalo. No quarto abafado
ressoava o galope. No planalto da testa, nas colinas do ventre, no vale entre
as pernas, corriam. Samuel mexia-se e resmungava. Às duas e meia da tarde
sentiu uma dor lancinante nas costas. Sentou-se na cama, os olhos esbugalhados;
índio acabara de trespassá-lo com a lança. Esvaindo-se em sangue, molhado de
suor. Samuel tombou lentamente: ouviu o apito soturno de um vapor. Depois,
silêncio.
Às sete horas o despertador tocou. Samuel saltou da cama, correu para a bacia,
lavou-se. Vestiu-se rapidamente e saiu.
Sentado numa poltrona, o
gerente lia uma revista.
- Já
vai, seu Isidoro?
- Já -
disse Samuel, entregando a chave. Pagou, conferiu o troco em silêncio.
- Até
domingo que vem seu Isidoro - disse o gerente.
- Não
sei se virei - respondeu Samuel, olhando pela porta; a noite caía.
- O
senhor diz isto, mas volta sempre - observou o homem, rindo.
Samuel
saiu.
Ao
longo do cais, guiava lentamente. Parou um instante, ficou olhando os
guindastes recortados contra o céu avermelhado. Depois, seguiu. Para casa...
SCLIAR, Moacyr. Pausa. Disponível
em O carnaval dos animais. Porto
Alegre, Ed Movimento, 1963
Situação de Aprendizagem do Texto: "Pausa"
Público –
alvo: 8ª série/ 9º ano
Tempo
previsto: 04 aulas
Recursos:
Caderno do Professor, Caderno do Aluno, Sala de Multimídia e Xérox do texto
Objetivos da
leitura:
·
Ativar
conhecimento de mundo;
·
Antecipar
ou predizer o assunto do texto;
·
Checar
hipóteses;
·
Recuperar
o gênero;
·
Identificar
pistas linguísticas (posto e pressuposto);
·
Identificar
a construção semântica do texto;
·
Avaliar
criticamente o texto;
Antes:
1) Pesquisa do autor
2) Na sua opinião, do que se trata um
texto intitulado “Pausa”?
Durante:
- Leitura silenciosa;
- Leitura feita pelos alunos com indicação do professor
Depois:
- Quem é a personagem principal da história?
- Cite características físicas e psicológicas da personagem.
- Do que se trata a história? Você acha que o título do texto corresponde à história? Justifique.
- Levantamento do significado das palavras desconhecidas
- Qual é o foco narrativo? E o discurso?
- Qual o tempo e o lugar em que se passa a história?
- Qual o gênero referente ao texto? Aponte algumas características que justifique sua resposta.
Indicação: http://scliar.org/moacyr/-
Por: Leila Venâncio e Regina Barbosa
Meu Primeiro Beijo
Antonio
Barreto
É difícil acreditar, mas meu
primeiro beijo foi num ônibus, na volta da escola. E sabem com quem? Com o
Cultura Inútil! Pode? Até que foi legal. Nem eu nem ele sabíamos exatamente o
que era "o beijo". Só de filme. Estávamos virgens nesse assunto, e
morrendo de medo. Mas aprendemos. E foi assim...
Não sei se numa aula de Biologia ou
de Química, o Culta tinha me mandado um dos seus milhares de bilhetinhos:
" Você é a glicose do meu
metabolismo.
Te amo muito!
Paracelso"
E assinou com uma letrinha miúda:
Paracelso. Paracelso era outro apelido dele. Assinou com letrinha tão minúscula
que quase tive dó, tive pena, instinto maternal, coisas de mulher...E também
não sei por que: resolvi dar uma chance pra ele, mesmo sem saber que tipo de
lance ia rolar.
No dia seguinte, depois do inglês,
pediu pra me acompanhar até em casa. No ônibus, veio com o seguinte papo:
- Um beijo pode deixar a gente
exausto, sabia? - Fiz cara de desentendida.
Mas ele continuou:
- Dependendo do beijo, a gente põe
em ação 29 músculos, consome cerca de 12 calorias e acelera o coração de 70
para 150 batidas por minuto. - Aí ele tomou coragem e pegou na minha mão. Mas
continuou salivando seus perdigotos:
- A gente também gasta, na saliva,
nada menos que 9 mg de água; 0,7 mg de albumina; 0,18 g de substâncias
orgânica; 0,711 mg de matérias graxas; 0,45 mg de sais e pelo menos 250
bactérias...
Aí o bactéria falante aproximou o
rosto do meu e, tremendo, tirou seus óculos, tirou os meus, e ficamos nos
olhando, de pertinho. O bastante para que eu descobrisse que, sem os óculos,
seus olhos eram bonitos e expressivos, azuis e brilhantes. E achei gostoso
aquele calorzinho que envolvia o corpo da gente. Ele beijou a pontinha do meu
nariz, fechei os olhos e senti sua respiração ofegante. Seus lábios tocaram os
meus. Primeiro de leve, depois com mais força, e então nos abraçamos de bocas
coladas, por alguns segundos.
E de reperente o ônibus já havia
chegado no ponto final e já tínhamos transposto , juntos, o abismo do primeiro
beijo.
Desci, cheguei em casa, nos beijamos
de novo no portão do prédio, e aí ficamos apaixonados por vária semanas. Até
que o mundo rolou, as luas vieram e voltaram, o tempo se esqueceu do tempo, as
contas de telefone aumentaram, depois diminuíram...e foi ficando nisso. Normal.
Que nem meu primeiro beijo. Mas foi inesquecível!
BARRETO, Antonio.
Meu primeiro beijo. Balada do
primeiro amor. São Paulo: FTD, 1977. p. 134-6.
Situação de Aprendizagem do Texto: "Meu Primeiro Beijo"
Antes:
Público – alvo: 6ª série/ 7º ano
Tempo previsto: 06 aulas
Recursos: Caderno do Professor, Caderno do Aluno, Sala de
Multimídia (exibição do filme “Meu Primeiro Amor”) e Xérox do texto.
Objetivos da leitura:
·
Ativar
conhecimento de mundo;
·
Antecipar
ou predizer o assunto do texto;
·
Checar
hipóteses;
·
Recuperar
o gênero;
·
Identificar
pistas linguísticas (posto e pressuposto);
·
Identificar
a construção semântica do texto;
·
Avaliar
criticamente o texto;
·
Identificar
a intertextualidade.
Antes:
Levantamento
do conhecimento prévio sobre o assunto (O que é BV? Você já deu o seu primeiro
beijo? Quais os tipos de beijo que você conhece? O que pode significar o
beijo?)
Durante
a leitura:
1-
Leitura feita pelo professor.
2-
Identificação das pistas linguísticas do texto responsáveis pela continuidade temática
(utiliza termos específicos para explicar o objetivo e apelidos que substituem
os nomes?)
3-
Esclarecimentos de palavras desconhecidas a partir de inferências dos
significados das palavras (O que sabe sobre calorias, glicose? Onde se utilizam
esses termos? Falamos assim no dia a dia?)
Depois
da leitura:
1-
Faça uma análise do texto em seu caderno.(O que aconteceu? Com quem aconteceu?
Onde? Como foi?).
2-Avaliação crítica do texto (Uma roda de conversa em que todos expõem sua
vivência).
Por: João Carlos Nicolau
Complementação: Leila Venâncio e Regina Barbosa
Complementação: Leila Venâncio e Regina Barbosa
Incentivar a leitura através do exemplo
"A
leitura torna o homem completo; a conversação torna-o ágil, e o escrever dá-lhe
precisão."(Francis
Bacon, filósofo inglês, 1561 - 1626)
Livros, o melhor de todos os
brinquedos
Quando uma criança nasce é comum receber a visita de amigos e familiares
e já é tradição que esses levem algum presente para o bebê ou para os pais.
Durante o período de gestação e nos tradicionais encontros de chá de bebê, a
mãe e o pai já devem dizer aos amigos que dêem presentes didáticos próprios
para essa faixa etária, aí entram os livros feitos de plástico para serem
levados na banheirinha.
Outra dica, livro também é brinquedo, existem vários
livros que abertos se transformam em imagens tridimensionais, os famosos livros
pop up, as crianças adoram. Também existem edições especiais com as famosas
histórias da carochinha, textos e contos feitos exclusivamente para o universo
infantil.
Não estou querendo desmerecer os brinquedos tradicionais, o que quero
mostrar é que um livro também pode ser um brinquedo e que no futuro se
transformará em mais do que brincadeiras, será conhecimento.
Material didático para incentivar a
escrita e a leitura em crianças
Quando a criança já está com aproximadamente 18 meses ela já tem a
capacidade de pegar e manipular objetos, e essa é a hora para oferecer o famoso
giz de cera para os pequeninos rabiscarem a vontade, preferencialmente o papel
e não a parede da casa.
Aí também entra o exemplo do pai e da mãe, é importante que ambos participem desse processo ensinando a
criança a pegar o giz, a fazer seus primeiros rabiscos, contar historinhas,
apresentar as cores, fazer recortes em jornais, revistas, fotos, mostrar a
criança as possibilidades que existem no mundo da criatividade.
A leitura e a escrita em sala de aula
Da mesma maneira que os pais devem dar o exemplo, cabe aos
professores mais do que ensinar, mostrar na prática o que a leitura e a
escrita vão representar para o crescimento e desenvolvimento do aluno.
Uma dica simples para professores incentivarem a leitura em sala
de aula selecione textos com histórias e leia todos os dias para seus
alunos, muitos deles não tiveram o exemplo dentro de casa, precisam do exemplo
do professor para entender o que é um livro, o que são as letras e como uni-las
para formar palavras e estas se transformarem em histórias de fadas, piratas,
mocinhos e bandidos.
Tanto a escola, os coordenadores, diretores e professores têm o dever de
motivar os pais a incentivarem a leitura em casa. As reuniões de pais e mestres
são o local ideal para explicar a importância do exemplo que os pais devem dar
as crianças. Muitas vezes tudo isso que aqui estou relatando parece óbvio, mas
não é. Muitos pais não tiveram uma educação voltada a leitura e
consequentemente não sabem da importância que esta tem na vida de seus filhos.
Por que o brasileiro lê pouco e
escreve menos ainda?
Os pais que hoje tem entre 30 e 40 anos de idade são de uma geração onde
as crianças não eram estimuladas a ler, pois a leitura poderia despertar ideais
políticos ou simplesmente mostrar a triste realidade dos anos que os militares
dominaram o país. É muito mais fácil dominar uma nação de ignorantes e isso
reflete sobre a quantidade de livros lidos por pessoa no Brasil ser inferior a
4 por ano. Nos Estados Unidos a média é de 10 livros por pessoa por ano.
Essa triste realidade só vai mudar a partir do momento que pais e
professores incentivarem alunos a lerem mais do que o MEC considera necessário,
incentivar as crianças a lerem por prazer não por obrigação.
O Brasil só será considerado um país desenvolvido quando sua nação se
transformar em verdadeiros leitores, consumidores de livros e conhecimento.
sexta-feira, 14 de junho de 2013
quinta-feira, 13 de junho de 2013
Homenagem pelo "Dia dos Namorados".
Soneto do amor total
Vinicius de Moraes
Rio de Janeiro
Amo-te tanto, meu amor... não cante
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade
Amo-te afim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente,
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim muito e amiúde,
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
O humano coração com mais verdade...
Amo-te como amigo e como amante
Numa sempre diversa realidade
Amo-te afim, de um calmo amor prestante,
E te amo além, presente na saudade.
Amo-te, enfim, com grande liberdade
Dentro da eternidade e a cada instante.
Amo-te como um bicho, simplesmente,
De um amor sem mistério e sem virtude
Com um desejo maciço e permanente.
E de te amar assim muito e amiúde,
É que um dia em teu corpo de repente
Hei de morrer de amar mais do que pude.
Rio de Janeiro, 1951.
O soneto é uma composição poética constituída por 14 versos, distribuídos, segundo o modelo petrarquiano (também chamado "soneto italiano"), em 2 quadras e 2 tercetos, as primeiras apresentando duas ordens de rimas e estes últimos duas ou três ordens. O esquema rimático mais freqüente é:
a b b a / a b b a / c d c / c d c Tudo leva a crer que o soneto foi criado no século XIII, pelas mãos do poeta siciliano Giacomo de Lentino, em Palermo. O primeiro grande nome ligado ao soneto é o de Dante, devendo-se a outro mestre da poesia, Petrarca, a consolidação e a difusão do modelo. Em Portugal, o soneto teve como seu primeiro cultor o poeta Sá de Miranda. Camões dedicou-se amplamente ao soneto, alcançando com ele alguns dos mais altos momentos da literatura universal de todos os tempos. No Brasil seiscentista, Gregório de Matos empregou o soneto tanto para a lírica sacra e amorosa quanto para a satírica. Adiante, Cláudio Manuel da Costa firmou-se como sonetista de grande valor, ajudando a fortalecer uma tradição que daria nomes como Olavo Bilac e Cruz e Sousa, entre outros. Num primeiro momento, os modernistas se voltaram contra o soneto, atitude inserida num amplo programa de ruptura com a "fôrma" das formas fixas e dos padrões poéticos tradicionais. No entanto, depois de instalado o verso livre e conquistadas tantas outras liberdades nos níveis da estruturação e do conteúdo, poetas como Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade retornaram ao soneto. Vinicius de Moraes consolidou-se como grande sonetista da moderna literatura brasileira e ajudou a popularizar a forma. O soneto também pode ser estruturado em três quartetos e um dístico, sendo chamado então "soneto inglês"
a b b a / a b b a / c d c / c d c Tudo leva a crer que o soneto foi criado no século XIII, pelas mãos do poeta siciliano Giacomo de Lentino, em Palermo. O primeiro grande nome ligado ao soneto é o de Dante, devendo-se a outro mestre da poesia, Petrarca, a consolidação e a difusão do modelo. Em Portugal, o soneto teve como seu primeiro cultor o poeta Sá de Miranda. Camões dedicou-se amplamente ao soneto, alcançando com ele alguns dos mais altos momentos da literatura universal de todos os tempos. No Brasil seiscentista, Gregório de Matos empregou o soneto tanto para a lírica sacra e amorosa quanto para a satírica. Adiante, Cláudio Manuel da Costa firmou-se como sonetista de grande valor, ajudando a fortalecer uma tradição que daria nomes como Olavo Bilac e Cruz e Sousa, entre outros. Num primeiro momento, os modernistas se voltaram contra o soneto, atitude inserida num amplo programa de ruptura com a "fôrma" das formas fixas e dos padrões poéticos tradicionais. No entanto, depois de instalado o verso livre e conquistadas tantas outras liberdades nos níveis da estruturação e do conteúdo, poetas como Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade retornaram ao soneto. Vinicius de Moraes consolidou-se como grande sonetista da moderna literatura brasileira e ajudou a popularizar a forma. O soneto também pode ser estruturado em três quartetos e um dístico, sendo chamado então "soneto inglês"
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